Um levantamento do Monitor da Violência, parceria do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, avalia a superlotação prisional do Ceará como a quinta maior do Brasil. Com 12.972 vagas nas prisões, o Estado tem 29.142 presos, 124,7% acima da capacidade.
O número cresceu em relação a 2018, quando a superlotação cearense estava 80,5 % acima da capacidade, eram 23.591 presos para 13.072 vagas. O levantamento aponta que Pernambuco é o estado com penitenciárias mais superlotadas, estando 178,6% acima da sua capacidade prisional. Em seguida estão Roraima, Amazonas, Distrito Federal e Ceará. O Paraná é o estado com a menor superlotação, com 15,4% acima da capacidade.
Os dados foram coletados com os governos dos 26 estados e do Distrito Federal e revelam falhas no sistema penitenciário brasileiro como baixos números de detentos que trabalham ou estudam, componentes necessários à ressocialização. No Ceará, apenas 410 detentos, cerca de 1,4% trabalham, sendo o pior índice no país.