Muitos brasileiros alimentam um sonho: ser presidente da República. O desejo, que parece distante da realidade, pode ser possível a partir de 2018. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar, na quarta-feira, a permissão de candidaturas sem a que a pessoa esteja filiada a um partido. Anônimos ou famosos veem na aprovação da candidatura avulsa a chance de chegar ao Palácio do Planalto e construir uma outra história para o país.

A antecipação da discussão pelo ministro relator, Luís Roberto Barroso, leva em conta o fato de que sábado, dia 7, um ano antes do pleito de 2018, se encerra o prazo para mudanças no sistema eleitoral. Na semana passada, um juiz de Goiás proferiu decisão favorável aos candidatos independentes, aumentando a expectativa quanto à definição pela Suprema Corte. Na torcida para que o STF reconheça a possibilidade, o advogado Modesto Carvalhosa, 85 anos, espera a decisão para apresentar a candidatura.

Ex-apresentadora da Rede Globo na década de 1990, a jornalista Valéria Monteiro, 52, deu o que falar na semana passada quando, nas redes sociais, revelou os planos de tornar-se presidente.

A decisão do juiz eleitoral Hamilton Gomes Carneiro, de Aparecida de Goiânia (GO), que autorizou um advogado a registrar candidatura sem estar filiado a um partido, esquenta o debate. O entendimento vem do fato de que o país é signatário da Convenção sobre Direitos de Pessoas com Deficiência e do Pacto de São José da Costa Rica. Ambos permitem que qualquer cidadão tenha o direito de se candidatar sem a necessidade de filiação partidária.