Os desdobramentos da Operação Fantoche, que apura má gestão dos recursos públicos na área do Sistema S, ganharam repercussão ao longo do dia. O presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI), Robson Braga de Andrade, é um dos 10 alvos de mandados de prisão temporária que estão sendo cumpridos pela Operação Fantoche, deflagrada na manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal.
Robson Braga foi preso em Brasília e chegou à Superintendência da Polícia Federal por volta das 9h30 desta manhã, onde deve prestar depoimento. A ação investiga fraudes em contratos entre as empresas do Sistema S com o Ministério do Turismo.
De acordo com a PF, uma empresa mantida pelo mesmo grupo familiar fraudou contratos firmados com as empresas do grupo e o ministério. A maior parte dos contratos irregulares estão voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial.
Os recursos eram desviados posteriormente para a empresa de direito privado sem fins lucrativos. Robson assumiu a presidência da CNI em 2010, sendo reeleito em 2014 e 2018. O mandato dele a frente da entidade tem validade até 2022. Ele foi um dos primeiros a serem presos pelas equipes policiais.