O gesto do senador Tasso Jereissati, em renunciar às prévias do PSDB e apoiar o nome do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como o melhor pré-candidato do partido à Presidência da República, contribui com as articulações políticas para construção de um candidato de terceira via ao Palácio do Planalto em 2022.


A renúncia de Tasso, com reflexo na política do Ceará, ganha destaque na edição desta terça-feira (28) do Jornal Alerta Geral, na análise do Bate Papo Política com a participação do jornalista Beto Almeida, que classifica a decisão como um gesto de grandeza. O Jornal Alerta Geral é gerado pela Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, tem a maior rede de transmissão pelo rádio no Ceará está, também, ao vivo, pelas redes sociais do @cearaagora.

A terceira via é defendida por setores mais moderados que se opõem à reeleição do presidente Bolsonaro ou à volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O combate ao extremismo de esquerda e de direita une diferentes correntes partidárias e passa a ser vista como um bom caminho na busca de um País mais pacificado, com menos radicalismo político e mais estabilidade econômica e social.


O nome alternativo às candidaturas de Bolsonaro e Lula ainda está distante, mas um dos passos importantes nessa direção é o resultado das prévias que o PSDB realizará no dia 21 de novembro para definir qual candidato lançará à Presidência da República.


Quatro nomes se apresentaram às prévias – Tasso Jereissati, Eduardo Leite, João Doria e Artur Virgílio, que é ex-prefeito de Manaus. A disputa começa a ser polarizada entre Eduardo Leite e João Doria. A expectativa é que o gesto de Tasso, ao renunciar à pré-candidatura, seja repetido, também, por Artur Virgílio.


Com perfil moderado, o governador do Rio Grande do Sul atraiu a atenção do senador Tasso Jereissati que passa a fazer novas costuras para o PSDB decidir por um nome que abra o caminho do diálogo não apenas interno, mas, principalmente, com outras siglas. O governador de São Paulo, João Doria, diferente de Eduardo Leite, encontra mais dificuldades para construir esse perfil de diálogo e, ao invés de unir, pode afastar possíveis aliados do PSDB.