O relator da PEC da reforma da previdencia, senador Tasso Jereissati, durante reuniao da comissao de constituicao e justica do Senado. ( O relator da PEC da reforma da previdencia, senador Tasso Jereissati, durante reuniao da comissao de con

A experiência, o equilíbrio, a trajetória de vida limpa como homem público e o conhecimento da realidade econômica e social do Brasil passam a ser atributos encontrados no senador Tasso Jereissati para grupos políticos vê-lo como uma opção à sucessão presidencial de 2022.

Há 35 anos na política, com três mandatos de governador do Ceará e dois de senador, Tasso tem o carimbo de apenas dois partidos: PMDB – 1986-1989, e PSDB, desde a fundação da sigla em 1989 até os dias atuais. Outra virtude: nunca recebeu condenação, nem foi alvo de denúncia que o abalasse no campo ético e moral.

Ao final do segundo mandato consecutivo no Senado, com uma postura serena, com o tom da independência ao fazer cobranças ao Governo Federal e bom administrador das palavras para assumir o seu ponto de vista e a defesa do que considera mais importante para a população e para o País, o senador cearense adquiriu o respeito de todas as correntes políticas e ideológicas e, nesse momento, de um cenário que abre caminhos de polarização entre a direita e a esquerda, com extremismos, passa a ser citado como uma alternativa para unir os partidos que apostam em uma terceira via para 2022.

Sem pressa, dedicado ao mandato e se preparando para participar da CPI da Covid, que define como a CPI mais importante da história política do País, o senador Tasso Jereissati não exerceu, nem exerce pressões para empurrar a porta e entrar à força no campo dos pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Às vezes, com esse comportamento, transmite o conformismo e, ao mesmo tempo, o sentimento da realização pessoal e do dever cumprido para dizer que o seu tempo passou e a hora é de outros ou para outros.

A questão, porém, é que, ao respeitar essa ordem, Tasso pode surgir como um fator surpresa e inverter a própria ordem das prioridades dentro do PSDB: primeiro, João Doria, que continua querendo, mas se antecipou em conflitos internos que o abalaram e geraram embaraços que podem deixá-lo em São Paulo.

O segundo nome, citado pelo próprio senador cearense, é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Jovem, pouca experiência e, pela pouca idade, pode ser um quadro para o futuro. Não para hoje! O cenário de tumulto político exige uma voz mais experiente, que tenha força de diálogo para unir e ajudar o Brasil a enfrentar uma dura e triste travessia.

O jogo está apenas começando. Um ponta pé foi dado pelo presidente da Executiva Nacional do PSDB, Bruno Araújo, que, em entrevista ao Jornal O Globo, nesta segunda-feira, deixou escrito para reflexão: ‘’Recentemente se intensificaram movimentos no sentido de convencê-lo a aceitar colocar o seu nome. Claro que é um nome que enriquece muito o processo político nacional e transcende de forma definitiva o PSDB’’, observou Bruno, ao falar sobre o senador Tasso Jereissati.