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Os dirigentes regionais do PSDB, em uma articulação com as lideranças do PR, PROS, PSD e SD, entram, a partir do dia primeiro de março, em uma nova fase de articulações com vistas à disputa pelo Governo do Estado e pelo Senado. A oposição tem dois nomes de peso eleitoral – Tasso Jereissati e Capitão Wagner, mas ambos descartaram a possibilidade de entrar na disputa ao Governo do Estado ou Senado.

Com mais quarto anos no Senado, Tasso é citado como a melhor opção ao Palácio da Abolição, mas tem dado sinais de que a corrida ao Governo Estadual não o atrai. O outro nome – tanto para o Governo quanto para o Senado, é o Capitão Wagner, que agora comanda o PROS. Wagner já gravou vídeo com mensagem aos aliados que trabalha para ser candidato à Câmara Federal. Wagner e Tasso, mesmo que admitam projetos diferentes nas eleições de 2018, não são cartas fora do baralho quanto à eleição majoritária.

A oposição acordou com Tasso Jereissati, em reunião com correligionários do PR, PROS, PSD e SD que o quadro é de indefinição e que não via como certa a permanência do senador Eunício Oliveira (MDB) na aliança com o PDT e o PT e, por essa razão, todos deveriam ter cautela. O estilo moderado do tucano embalou as esperanças do ex-vice-governador Domingos Filho (PSD), do deputado federal Genecias Noronha (SD) e do vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), que trabalham para a oposição apresentar um nome forte ao Governo do Estado.

Como os fatos políticos andam paralelo às crises das administrações públicas, dois episódios puxaram a oposição para o debate: vinte e quatro após a reunião comandada pelo senador Tasso Jereissati para discutir o futuro da oposição, o Ceará virou notícia nacional no campo policial com a chacina no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, com 14 assassinatos. Outro fato que também abalou o Governo foi o conflito interno que terminou com a morte de 10 detentos na cadeia pública de Itapagé.

Os dois acontecimentos em um intervalo de 72 horas deram munição para a oposição bater na política de segurança pública do Governo do Estado e reascenderam o debate sobre a apresentação de um candidato a governador que se contraponha ao modelo administrativo do Governador Camilo Santana. Camilo é hoje pré-candidato à reeleição com o apoio dos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT).

O nome da oposição ainda não existe, está sendo fomentado e pode surgir em meio ao debate da renovação política: nesse cenário, dois nomes aparecem – Caio Asfor, advogado, filho do ex-ministro do STJ, César Asfor, e do executivo do Grupo M Dias Branco, Geraldo Luciano. Caio está no DEM. Geraldo é filiado ao PSDB.

A avaliação sobre os novos nomes na política do Ceará, assim como o sentimento dos eleitores em relação aos políticos que hoje detém mandatos majoritários (senador e governador) será feita por meio de pesquisas encomendadas pela oposição e administrada pelo PSDB. As pesquisas serão realizadas a partir da primeira semana do mês de março por dois institutos de pesquisa: um local, e o outro nacional. A oposição quer, com base nos números extraídos das ruas, construir um novo caminho na sucessão estadual.