O município de Tauá enfrenta, nos últimos meses, uma situação de caos administrativo com o atraso no pagamento a fornecedores, demissão de garis, redução dos salários dos prestadores de serviços, ameaça de paralisação dos professores e denúncias de má aplicação de recursos públicos.
Temerosos que a Prefeitura volte a atrasar salários do magistério e insatisfeitos com a falta de reajuste salarial, os professores convocaram para a próxima segunda-feira uma assembleia geral para deliberação sobre a greve. O Município recebeu, entre o dia primeiro de janeiro e 30 de junho deste ano, pelo menos, R$ 22.145.610,99 originários do Fundeb.
Segundo a Associação dos Professores do Ceará (Apeoc), o Município tem como conceder o reajuste salarial e, para isso, basta o corte de gratificações, na opinião dos próprios professores. O prefeito de Tauá, Carlos Windson (DEM), que exerce o primeiro mandato, não conseguiu estancar o caos na administração municipal e virou alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Carlos Windson tentou suspender as investigações da CPI, mas, nessa quarta-feira, recebeu a informação de que a Justiça negou um pedido de liminar para invalidar sessões da Câmara de Vereadores e depoimentos de testemunhas sobre o destino dos recursos públicos. A decisão da Justiça, que nega a liminar a Carlos Windson, é assinada pela juíza da 1ª Vara da Comarca de Tauá, Giselli Lima Sousa Tavares.
Com essa decisão, a CPI mantém as investigações das denúncias e, ao final dos trabalhos, poderá recomendar a cassação do mandato do prefeito Carlos Windson. As denúncias sobre a má aplicação das verbas da Prefeitura são investigadas, ainda, pelo Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Segue abaixo o documento com a decisão da Justiça.