O país entra em período eleitoral, com “disputas, contrariedades e controvérsias”, advertiu o presidente Michel Temer (MDB) em evento com servidores da Caixa. Num momento em que o banco enfrenta denúncias de corrupção contra seus executivos, Temer exaltou a função social da instituição e o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Uma vertente social deste ano é prestigiar a construção civil, um dos setores que mais emprega no país”, afirmou.

Ao lado do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, Temer adiantou que há previsão de contratação de 600 mil a 700 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida neste ano, e que 50 mil serão destinadas aos trabalhadores rurais. O número exato, por faixa, será divulgado em evento de Temer com Baldy na próxima semana. Ele lembrou que o programa já entregou mais de 5 milhões de casas populares.

Temer aproveitou o evento para antecipar os contra-ataques aos adversários no período eleitoral. Segundo Temer, quem quiser contestar o seu governo terá de dizer à população que é contra o teto de gastos, porque “quer gastar à vontade”, sem preocupação com a responsabilidade fiscal.

Ainda segundo o presidente, a oposição terá de declarar que é contra a criação de novos postos de trabalho, “ora formais, ora informais”, contra a reforma do ensino médio, que deseja a volta do sistema “anacrônico” do passado, que é contra a modernização trabalhista, que gerou postos de trabalhos, que é contra a inflação de “ridículos 2,95%”, que é contra os “juros mínimos de 7%” e os picos de 80 mil pontos da bolsa de valores, que é a favor da “falta de credibilidade do país”.

O presidente lembrou que mais de R$ 40 bilhões em recursos de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foram investidos na economia e agora há previsão de injeção de mais de R$ 1,6 bilhão relativos a saques do PIS/Pasep.

Temer iniciou o discurso em tom afetivo, relatando que, quando era criança, aos 8 ou 9 anos, o seu pai, “pensando no futuro,” aplicava todos os meses uma pequena importância em recursos em uma poupança da Caixa.

Com informações Valor Econômico