O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (28), em entrevista à rádio Bandnews de Vitória (ES), que ameaça a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) “não pode acontecer no país”. A declaração foi dada um dia após o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no tribunal, ter afirmado sofrer esse tipo de intimidação.

Ao programa do jornalista Roberto D’Ávila, da GloboNews, Fachin disse que a família dele tem recebido ameaças – e que está preocupado com isso, a ponto de ter pedido providências à presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, e à Polícia Federal.

Temer abordou o assunto ao ser perguntado sobre a expectativa para o julgamento, na próxima quarta-feira (4) do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, movido pela defesa com o objetivo de evitar a prisão.

De acordo com o presidente, o clima está “muito ruim” e o governo federal está “tomando todas as providências para que não haja conflito”. Temer argumentou que a situação alcança o próprio STF.

Temer foi questionado na entrevista sobre o ataque à caravana de Lula, no Paraná. Ele afirmou que foi uma “pena” que tenha ocorrido o ataque, o que, segundo o presidente, cria um clima de “instabilidade”.

Com informação do Jornal O Globo