Para aprovar a reforma da previdência, o presidente Michel Temer joga todas as cartas. Nessa terça-feira ele determinou a auxiliares agilizem as nomeações de cargos no governo para cerca de 40 deputados da base aliada. Em troca ele espera os votos favoráveis à reforma da Previdência.
Um levantamento feito por líderes e articuladores políticos do Planalto identificaram que esses parlamentares, que se posicionam contra o projeto, haviam feito indicações para órgãos do governo e ainda não tinham sido atendidos.
Auxiliares de Temer avaliam haver necessidade de dar mais atenção ao chamado “baixo clero”, grupo de deputados de menor expressão, já que as cúpulas dos partidos já foram contempladas.
Além disso, o governo age em outras frentes para atrair votos favoráveis em plenário: tem cobrado empenho de ministros em suas bancadas, ameaçou cortar cargos de “traidores” e condicionou ao apoio no Congresso a liberação de mais emendas para parlamentares abastecerem suas bases eleitorais.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição, o governo precisa de um mínimo de 308 votos para aprovar a reforma da Previdência, embora tenha como meta chegar a 340.