O presidente Michel Temer embarcou na noite desta segunda-feira, 22, para a Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial, em Davos. A aeronave com Temer deixou a Base Aérea Militar de Brasília por volta das 22h20 de ontem e deverá chegar a Zurique às 10h50 (horário de Brasília) desta terça-feira, 23. O presidente passará o dia na cidade e, na quarta-feira, 24, pela manhã, embarcará em direção a Davos, onde acontece o fórum. Segundo informou o Palácio do Planalto, Temer discursará e responderá a perguntas sobre a conjuntura política e econômica do Brasil.
Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, Temer vai destacar indicadores econômicos do país, defender a reforma da Previdência e divulgar o programa de privatizações e concessões do governo federal. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, um dos projetos apresentados será o de privatização da Eletrobras, cujo teor foi assinado na semana passada.
Desde 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff discursou em Davos, um presidente do Brasil não participa do tradicional encontro que debate sobre desenvolvimento e economia. Realizado nos Alpes Suíços, o fórum reúne todos os anos políticos, banqueiros e investidores.
Ainda na quarta, segundo o Planalto, o presidente será homenageado em um jantar oferecido pela organização do fórum, e deve retornar a Zurique no final da noite. O retorno ao Brasil está previsto para a quinta-feira, 25.
Ministério do Trabalho
Temer viajou sem conseguir resolver o impasse jurídico sobre a suspensão da posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. Filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, Cristiane assumiria a pasta do Trabalho em 9 de janeiro. Mas, na véspera da cerimônia, a posse foi suspensa por decisão do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói (RJ).
O magistrado atendeu ação popular que questionava a nomeação da parlamentar, após revelação que Cristiane foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com dois ex-motoristas. O governo tentou uma série de recursos e conseguiu liberar a posse no sábado, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Planalto marcou a solenidade para as 9h desta segunda-feira, 23, mas, ainda na madrugada, foi divulgada outra decisão barrando o ato, desta vez da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.
“Luta Judicial”
Mais cedo, nesta segunda, em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o governo insistirá na “luta judicial” para garantir a posse de Cristiane. O Planalto não trabalha com ideia de pedir ao PTB a indicação de outro nome para o comando da pasta, cujo antigo titular, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), pediu demissão no final de dezembro.
Com informações do G1