O aumento dos casos de Covid-19 em todo o País gera preocupação entre as autoridades sanitárias e levam os governadores à reunião, nesta quarta-feira (17), com ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir a superlotação dos hospitais e o plano de vacinação contra à Covid-19. O assunto ganha destaque na edição desta quarta-feira (17), do Bate-Papo Político, com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida.
Os governadores pedem agilidade do Governo Federal para compra de vacinas, além de um plano de vacinação que atenda a população. Os Chefes dos Executivos Estaduais também querem a ampliação dos leitos de UTI para conseguir atender a demanda do aumento de casos. O governador do Ceará, Camilo Santana, participa da reunião.
Veja mais informações com o repórter Carlos Silva:
“São muitas pressões sobre o Governo e há uma expectativa enorme sobre os nomes rumos da vacinação. Os governadores querem pressa do Ministério da Saúde na definição de uma política de imunização da população brasileira”, destaca o jornalista Luzenor de Oliveira.
Neste cenário, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou uma nota, nessa terça-feira (16), afirmando ser “necessária, urgente e inevitável” a troca de comando do Ministério da Saúde, após falhas na vacinação contra a covid-19 em vários municípios brasileiros.
“A entidade tem acolhido relatos de prefeitas e prefeitos de várias partes de país, indicando a suspensão da vacinação dos grupos prioritários a partir desta semana, em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério”, diz um trecho da nota.
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“A nota é dura, porque ela diz que o ministro Pazuello, segundo a própria CNM, não tem condições de conduzir essa superação da pandemia e que deve ser substituído imediatamente. A CNM diz uma coisa grave: que já solicitou por meio de vários ofícios uma agenda com ministro Pazuello e que não foi dada nenhuma resposta”, comenta o jornalista Beto Almeida.
A preocupação dos gestores municipais é com a eficiência do plano de vacinação. Segundo a nota da CNM, alguns municípios relataram que as doses da vacina já acabaram. Além disso, o documento destaca que as iniciativas tomadas até o momento foram “reação a pressão política e social”.
Outro ponto de destaque, segundo a nota, é a falta de comunicação. A confederação afirma que o Ministério da Saúde tem “ignorado os prefeitos do Brasil, com uma total inexistência de diálogo”.
Acompanhe a íntegra da nota:
O movimento municipalista, por meio da Confederação Nacional de Municípios (CNM), vem a público, em nome dos gestores locais que assistem e vivem desesperadamente a angústia e o sofrimento da população que corre aos postos de saúde na busca de vacinas contra a Covid-19, manifestar sua indignação com a condução da crise sanitária pelo Ministério da Saúde e solicitar a troca de comando da pasta. A entidade tem acolhido relatos de prefeitas e prefeitos de várias partes de país, indicando a suspensão da vacinação dos grupos prioritários a partir desta semana, em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério.
Foram várias as tentativas de diálogo com a atual gestão do Ministério, entre pedidos de agenda e de informação. A pasta tem reiteradamente ignorado os prefeitos do Brasil, com uma total inexistência de diálogo. Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para Estados e Municípios. Com uma postura passiva, a atual gestão não atende à expectativa da Federação brasileira, a qual deveria ter liderado, frustrando assim a população do País.
Por considerar que a vacinação é o único caminho para superar a crise sanitária e possibilitar a retomada do desenvolvimento econômico e social e por não acreditar que a atual gestão reúna as condições para conduzir este processo, o movimento municipalista entende necessária, urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros.
Brasília, 16 de fevereiro de 2021.
Glademir Aroldi
Presidente da CNM