O debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado neste domingo pela TV Gazeta, jornal O Estado de S. Paulo e rádio Jovem Pan, foi morno. Participaram: Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Mesmo ausente, Jair Bolsonaro, hospitalizado após ataque durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), na última quinta, acabou sendo um dos principais assuntos da noite.
Guilherme Boulos falou da “grave escalada de ódio e violência” e lembrou de novo dos tiros contra a caravana lulista, o assassinato de Marielle Franco, o atentado contra Jair Bolsonaro. “As pessoas perderam a capacidade de se colocar no lugar das outras.”
Marina também relembrou casos de violência, como o ataque a Bolsonaro e o assassinato de Marielle. Disse que entrou na campanha para oferecer a outra face. “Para a face da violência, precisamos oferecer a tolerância”, afirmou. E conclamou uma união das mulheres contra a violência e o ódio. Alckmin também destacou a necessidade de pacificação.
Antes do início do debate “em gesto de solidariedade a Jair Bolsonaro”, do PSL, os outros candidatos revogaram a regra do púlpito vazio. Outra ausência foi do candidato do PT, que que Lula está proibido pela Justiça de se apresentar como presidenciável, e seu partido, ainda não apontou seu substituto. Cabo Daciolo (Patri) avisou que estaria jejuando no Monte das Oliveiras e por isso não poderia ir ao confronto entre presidenciáveis.
Fim do debate
Álvaro Dias diz que não é vidente para saber se o atentado pode ajudar Bolsonaro. “Não sou Carlinhos Vidente, não posso fazer nenhuma afirmação sobre o futuro”, disse ao ser questionado se acha que a comoção pública que se seguiu ao atentado contra Bolsonaro pode ajudá-lo a chegar com facilidade no segundo turno.
Dias disse torcer para que a ausência de Bolsonaro, hospitalizado, em eventos desse tipo seja um “ponto fora da curva” neste ciclo eleitoral.
Já Ciro Gomes disse esperar que Bolsonaro se recupere e volte logo aos confrontos entre presidenciáveis, mas frisou: ele “não acrescenta muita coisa, a não ser ódio, sectarismo” a esse tipo de duelo.
Ele foi o mais popular da noite na arena virtual – chegou a fazer uma dancinha, num dos intervalos do evento, comemorando o recorde de citações no Twitter.
Com agências de noticias