O deputado Carlos Felipe afirma que “a indefinição desses limites está causando problemas à população que vive nas áreas em disputa, ficando dúvidas sobre o pagamento de impostos e a quem recorrer para obter serviços públicos estaduais”. O parlamentar aponta ainda que a região é importante polo de agronegócio, do setor de energia eólica e do turismo para o Ceará.
Além de Crateús, os municípios de Granja, Tianguá, Viçosa do Ceará, Ubajara, Ibiapina, Carnaubal, Croatá, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Ipueiras, Ipaporanga e Poranga também estão na área em discussão entre os estados do Ceará e Piauí.
“É uma disputa antiga, mas agora chegamos a um nível que foi judicializada pelo estado do Piauí com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e estamos na iminência do Exército Brasileiro fazer uma perícia na área, que tem aproximadamente três mil quilômetros quadrados, população de oito mil habitantes e envolve 148 localidades do Ceará”, apontou.
Segundo Mourão, o Governo do Estado irá se pronunciar somente após o resultado da perícia. Por ora, o objetivo é informar a população, especialmente aquela do território em debate, assinalou.
O presidente da Comissão acrescenta que a área abrange escolas, postos de saúde, poços profundos, eólicas, sistemas de abastecimento de água e de energia elétrica, assim, o território vem sendo mantido e vem recebendo investimentos do Ceará desde que começou a ser povoado.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) coordena o Projeto Atlas de Divisas Municipais Georreferenciadas do Estado do Ceará.
*(Com informações da Assembleia Legislativa)