O deputado federal Tiririca (PR-SP) voltou atrás da aposentadoria política, anunciou que será candidato à reeleição à Câmara dos Deputados e que, daqui a quatro anos, quer disputar a Presidência da República. A declaração foi dada em convenção nacional do PR neste sábado (4) em Brasília.

Segundo ele, além de se tentar reeleger, terá como objetivo ser o deputado federal com a maior quantidade de votos na história do país. Assim, disse, conseguirá mais força para chegar ao Planalto.

“Tenho recebido muito apoio. Eu tinha falado que tinha desistido da política e o povo fala comigo: ‘cara, não desiste não. Você está fazendo um trabalho tão bacana, tão legal’. Aí, volto atrás. Estou declarando para todos vocês que vou me candidatar”, afirmou.

“E não quero só isso. Quero ser o número um no país. Na história do país sou o terceiro mais bem votado. Quero ser o primeiro. Quero passar o Enéas”, complementou.

“Se Deus quiser, daqui a quatro anos eu vou meter as caras [para ser presidente]. Você vai ver! Se eleito for, vou fazer um mandato fantástico, eu já tenho esses dois mandatos aí. Tô empolgado pra caramba”, falou sobre os planos de ser presidente.

Questionado se acredita ser uma contradição ter anunciado a aposentadoria e agora almejar até o Planalto, Tiririca disse que não, pois, ao se separar da primeira mulher, disse que nunca mais se casaria novamente, mas está casado pela segunda vez há 21 anos.

“A gente fala coisas na hora do impulso. Eu não tiro nada do que falei. Realmente precisa melhorar muito. Apresentar projetos, essas coisas, para aprovar”, declarou.

Indagado se Alckmin pode fazê-lo ganhar ou perder votos, o comediante respondeu que espera receber votos pelo apoio, “por [Alckmin] ter um trabalho maravilhoso”.

Antes de virar político, Francisco Everardo Oliveira Silva – seu nome de batismo – era conhecido por suas roupas coloridas e piadas em programas de televisão. Na campanha à Câmara em 2010, usou como slogan “Tiririca, pior que tá, não fica!”

Na época, ele chegou a ser acusado de ser analfabeto. A legislação brasileira determina que pessoas nessa condição não podem concorrer a cargos públicos. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal), que conclui que ele é alfabetizado.

Em 6 de dezembro de 2017, Tiririca fez o primeiro e então último discurso na tribuna da Câmara anunciando que deixaria a vida política após 2018 por estar “decepcionado” com as condutas dos colegas.

 

Com informação do UOL