O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou um pedido de liberdade para um homem apontado como um dos envolvidos nos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. O homem teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido.

Gegê do Mangue e Paca foram assassinados em uma emboscada no dia 15 de fevereiro. Os corpos foram encontrados em uma área de matade uma reserva indígena em Aquiraz. Os dois eram apontados como chefes de uma das maiores facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com o TJCE, o foragido participou da emboscada que terminou nos dois homicídios. Com isso, ele teve a prisão decretada pela 1ª Vara Criminal de Aquiraz, em 22 de fevereiro de 2018.

Gegê do Mangue estava em Fortaleza há pelo menos seis meses antes de ser morto. Em Aquiraz, cidade onde foi achado morto, Gegê era dono de uma mansão num condomínio de luxo e vários carros importados. Os criminosos usavam o período de férias no Ceará para reencontrar familiares. Há fotos de Paca em um famoso parque aquático do estado e em praias como Jericoacoara e Canoa Quebrada em janeiro de 2017.

De acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o deslocamento do chefe da facção e do comparsa era feito sempre por aeronaves fretadas que saíam do Paraguai ou da Bolívia direto para o Ceará.

As investigações apontam que Gegê e Paca embarcaram em um helicóptero com destino à Bolívia, mas a aeronave pousou na reserva e os dois foram torturados e assassinados na manhã do dia 15. O piloto da aeronave está preso.

Os outros cinco envolvidos nos crimes tiveram prisões preventivas decretadas pela justiça. Segundo as investigações, os executores das mortes de Gegê e Paca são da Baixada Santista.

O dinheiro e os bens de Gegê do Mangue e de Paca foram bloqueados pela Justiça. São mansões em condomínios de luxo, casas de praia, talheres banhados a ouro e carros importados. Uma fortuna avaliada em mais de R$ 12 milhões. Todos os envolvidos tiveram a prisão decretada e estão foragidos.

Com informação do G1