O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), por meio da 2º Câmara Criminal, negou pedido de liberdade a Francisco Cavalcante Cidrão Filho, investigado pelo suposto envolvimento na morte de Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e de Fabiano Alves de Souza, o “Paca”. As vítimas são apontadas como líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu numa reserva indígena, no município de Aquiraz, no dia 15 de fevereiro deste ano.
Cidrão Filho teve a prisão decretada pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Aquiraz, no dia 22 de fevereiro desse ano, uma semana após as execuções. Porém, o réu estáforagido. A defesa do acusado alegou “ausência de fundamentação legal para a prisão”, impetrando um habeas corpus. Dentre os argumentos, afirma que Cidrão Filho é primário, possui residência fixa e atividade laboral, o que o credenciaria à concessão de liberdade provisória.
Ao apreciar o caso, o colegiado da 2ª Câmara Criminal negou o pedido, acompanhando o voto da relatoria do desembargador Francisco Martônio Pontes de Vasconcelos. Para o magistrado, “trata-se de acusado foragido, que tem se esquivado de comparecer e colaborar para o deslinde do crime, o que justifica a necessidade da prisão temporária para propiciar a colheita de indícios a sustentar uma possível persecução penal”.
“Laranja”
A investigação policial apontou que Cidrão mantinha proximidade com os dois executados. Ele era dono de um imóvel de luxo no Ceará, que teria sido adquirido com dinheiro proveniente do tráfico de drogas da organização paulista e colocado no seu nome para esconder a presença dos traficantes em território cearense, atuando como “laranja” do PCC.