As ações agressivas adotadas pelo comando da campanha como tentativa para desbancar o petista Elmano de Freitas do 2º turno da disputa ao Governo do Estado surpreenderam os irmãos Cid e Ivo Gomes que, nessa quinta-feira, conversaram com o ex-governador Camilo Santana, que concorre ao Senado, e com a Governadora Izolda Cela.

Cid e Ivo já declaram apoio a Camilo e decidiram não se envolver na campanha de Roberto Cláudio ao Palácio da Abolição. Os irmãos posaram para fotos com Izolda Cela durante evento educacional realizado na cidade de Sobral.

RESSENTIMENTOS E CICRATIZES

O semblante de Cid e Ivo foi de completa reprovação ao tom agressivo conduzido pela campanha de Roberto Cláudio, que tem como alvo principal a Governadora Izolda. O racha no PDT ganha ainda mais proporções com o acirramento na campanha eleitoral e deixa um fosso com feridas que não serão cicratizadas tão cedo, mesmo que o 2º turno coloque, no mesmo palanque, petistas e pedetistas. O ambiente está, porém, contaminado de ressentimentos e mágoas.

APOSTA NOS ATAQUES

A campanha do pedetista aposta nas acusações de que o Governo do Estado, por meio de convênios e liberação de recursos aos Municípios, faz cooptação de prefeitos em apoio a candidatura de Elmano de Freitas a governador para Roberto crescer e garantir vaga no 2º turno. As denúncias levadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) entraram nas inserções da propaganda de rádio e televisão de Roberto Cláudio e provocaram reação de Izolda e Camilo. Izolda lamentou as agressões e ataques como covardes. Camilo disse que, hoje, é atacado por quem o considerava como um dos melhores governadores do Brasil.

A propaganda de Roberto Cláudio dá ênfase à operação da Polícia Federal realizada na sede da Superintendência de Obras Públicas (SOP) com o objeto de recolher documentos que comprovem irregularidades na transferência de recursos para os Municípios.
Os documentos, que justificaram a operação policial, foram entregues ao TRE no dia 1º de setembro. O TRE emitiu uma nota reconhecendo o erro e anunciou a criação de uma sindicância administrativa para apurar responsabilidades na falha de comunicação que provocou a operação da Polícia Federal na SOP.