A transição para a implantação da idade mínima de aposentadoria criada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro buscará amenizar o impacto das mudanças em três diferentes perfis de trabalhadores do setor privado: o que está muito perto de se aposentar por tempo de contribuição, independentemente da idade; os mais velhos e com períodos não muito longos de recolhimentos; e aqueles que começaram a trabalhar mais jovens.

Entre as três opções de transição, o sistema de pontos é a principal inovação em relação aos projetos de Temer. Essa opção evita que segurados que começaram a contribuir muito jovens e não avançaram aos 50 anos de idade sejam obrigados a se aposentar com a idade mínima de 62 anos (mulheres) e de 65 anos (homens).

Se estivesse valendo hoje, o sistema de pontos concederia a aposentadoria ao segurado cuja soma da idade ao tempo de contribuição resultasse em 86 (mulheres) e 96 (homens). A exigência da regra aumenta um ponto a cada ano, até chegar a 100 (mulheres) e 105 (homens). Com essa regra, um homem de 50 anos e com 32 anos de contribuição completaria 105 pontos até o final de 2031 e se aposentaria aos 62 anos — três anos antes da idade mínima de 65 anos.