A onda de ataques criminosos que atinge os municípios cearenses deixa a população preocupada e desafia as autoridades da segurança pública do Estado. Em resposta as ações, dez chefes de uma facção criminosa suspeita de comandar os ataques no estado desde a última sexta-feira (20) vão ser transferidos, nos próximos dias, do Ceará para penitenciárias federais do pais. Informação foi confirmada pelo Governo do Estado do Ceará, mas a data das transferências e os locais para onde os detentos serão levados ainda não foram divulgados.
Ao todo, o estado registra 63 ataques em Fortaleza, Região Metropolitana e interior. As ações tiveram início no dia 20 de setembro e o Estado chega ao 6 dia de ataques criminosos. Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que querem a volta de “regalias” nos presídios do estado. Até o momento, a polícia capturou 57 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos.
Outra medida protetiva tomada pela Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) foi a transferência de 257 presos ligados a facções criminosas. Além disso, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), tenta com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a possibilidade de reforço das tropas federais.
Onda de ataques
Nesta quarta-feira (25), pelo menos seis ações criminosas foram registradas, tendo como alvos ônibus e caminhões. Ao todos, os ataques foram registrados em Fortaleza, Quixadá, Quixeramobim, Maracanaú, Paracuru, Caucaia, Ibaretama, Pacatuba, Canindé, Jucás, Várzea Alegre, Juazeiro do Norte, Maranguape, Tauá e Choró.