Dois trechos de rodovias federais no Ceará (BR 116, em Fortaleza, e BR 020, em Canindé) estão entre os exemplos levantados pelo Jornal Folha de São Paulo que mostra que, com a implantação de radares, caiu, entre 2017 e 2018, o número de acidentes e vítimas fatais provocadas por excesso de velocidade.
O levantamento foi realizado após o Governo Federal anunciar a decisão de não renovar contratos com empresas responsáveis pela administração dos equipamentos de radares móveis nas BRs. Os radares começam, também, a ser retirados nas estradas federais que cortam o Ceará.
A medida gerou polêmica. De um lado especialistas de trânsito vêem, com a remoção dos radares, mais risco de acidentes e mortes. Há, também, uma corrente de pensamento que vai ao encontro do argumento do Governo Federal de que o excesso de fiscalização não passa de uma indústria de multas.
Segundo a reportagem do Jornal Folha de São Paulo, edição desta segunda-feira (15), a redução média de mortes foi de 21,7% nos quilômetros de rodovias federais em que o dispositivo eletrônico foi colocado. Os dados apontam, ainda, para uma redução de 15% nos índices de acidentes após a instalação dos radares.
Trechos da BR 116, na Grande Fortaleza, e da BR 020, em Canindé, estão entre os exemplos de que, com radares em funcionamento, os motoristas pisam o pé no freio, evitando, assim, acidentes e mortes. O Ceará, de acordo com esse levantamento da Folha de São Paulo, registra, com base em dados do DPVAT, 32 mil indenizações por mortes e acidentados no trânsito.
O aumento de acidentes nas rodovias federais, onde foram retirados os radares móveis, segundo o jornalista Beto Almeida, em seu Bate Papo Político, nesta segunda-feira, no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), será inevitável.