Na noite deste sábado, 19, os moradores de Canindé sentiram a terra tremer. O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte revelou que o abalo sísmico atingiu uma magnitude de 2.4 na escala Ritcher (mR).

Segundo os especialistas, tremores de baixa intensidade como os registrados, em Canindé, são frequentes, mesmo no Brasil, e, na maioria das vezes, a população sequer percebe os abalos causados pelo contínuo processo de acomodação das rochas que formam a crosta terrestre.

Em Canindé, por exemplo, um abalo sísmico de 1.8 na escala Ritcher (mR) já tinha ocorrido no último dia 10 de fevereiro.

O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado do Ceará e também na região Nordeste do país.

“Normalmente, estes eventos são causados pela existência de falhas geológicas. E seus efeitos, principalmente emocionais, são mais sentidos quando os abalos ocorrem próximos a áreas urbanas”, acrescentou o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis-UFRN, destacando que, eventualmente, os tremores de pequena intensidade podem causar algum dano estrutural às construções, principalmente caso se repitam em um curto espaço de tempo.

“O grande problema é a repetição em um curto período de tempo, a exemplo do que temos observado em Canindé, onde, só este mês, já registramos seis eventos semelhantes, percebidos pela população”, revelou.

(*) com informações da Agência Brasil