O município de Palhano, no Vale do Jaguaribe do Ceará, voltou a apresentar atividade sísmica nessa segunda-feira (4), segundo dados do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN). De acordo com o LabSis/UFRN, o tremor foi de 2.1 e ocorreu por volta das 22h01.

No último domingo (3), houve uma sequência de tremores, que começou por volta de meio-dia e se estendeu até à noite. Os dois maiores registros foram de 2.3 e 2.4.

O chefe do Núcleo de Sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) do Estado do Ceará, Francisco das Chagas Brandão Melo, também confirmou o tremor.

“Nesta quarta-feira nós queremos ir até o município, fazer um levantamento da área do epicentro, um estudo e uma palestra para a população”, anunciou.

“Conversamos com o coordenador da Defesa Civil do município e os moradores estão tranquilos até porque os tremores observados foram de intensidade reduzida, sem causar dano material”, acrescentou.

Em 20 de novembro de 1980, um tremor de terra atingiu a cidade de Pacajus, na Grande Fortaleza, com magnitude de 5.2. Nos anos seguintes, outros tremores foram registrados no estado. Um de magnitude 4.8 ocorreu no município de Irauçuba, em 1991.

Já no ano de 1997, também foi observada atividade sísmica de 3.2 dentro do reservatório do Açude Tucunduba, entre os municípios de Senador Sá e Marco.

Outro tremor forte foi sentido em Sobral, em 2009, chegando a 4.3 pontos na Escala Richter. O abalo provocou rachaduras em estruturas de concreto e derrubou móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200 quilômetros de raio e chegou a afetar cidades do litoral cearense, como Fortaleza.

Em outubro de 2017, um tremor de terra em Cascavel, de magnitude 3, causou fissuras em prédios, fez casas tremerem e assustou moradores.

Segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores ocorrem devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica.

As fossas ficam no encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico que ligam a América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas.