A troca de farpas envolvendo o governador do Ceará, Camilo Santana, e o secretário Nacional de Segurança, General Theophilo, traz como pano de fundo as eleições de 2020. A polêmica começou quando o secretário atribuiu ao governador a responsabilidade pela exclusão do município de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), do projeto-piloto de segurança do Ministério da Justiça e Segurança.
O tema ganhou destaque no Bate Papo Político desta quarta-feira (3), entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, que foram enfáticos em afirmar que houve prejuízos (principalmente para o Ceará) e, também, culpados. Segundo eles, o governador Camilo Santana não tem interesse em barrar esses apoios, mas, sem dúvidas, fica claro o embate entre o governo cearense e o Governo Federal – representado por Theophilo.
Em matéria prática, Maracanaú deixará de receber, pelo menos, R$ 24 milhões, valor importante para reduzir os índices de violência no município. Em seu lugar, o município escolhido na região Nordeste foi Paulista, em Pernambuco. Apesar de Maracanaú ter ficado de fora, o secretário garante que haverá um projeto específico para o Ceará, mas sem detalhar qual projeto seria esse.
O que aconteceu:
Segundo Theophilo, o governador não compareceu à reunião em que o projeto foi debatido, causando a exclusão do município. Em resposta, o secretário de Segurança do Ceará, André Costa, rebateu, dizendo que não recebeu nenhum documento oficial do Governo Federal sobre o projeto. Para ele, o governo não soube explicar o porquê da escolha de Maracanaú, e não teria apresentado números da violência do município.
O clima ficou ainda mais tenso com a resposta de General Theophilo, que disse: “ele ainda é um menino. Quando ele ficar mais velho, vai aprender“.