As críticas do prefeito de Fortaleza, José Sarto, ao Governador Elmano de Freitas mostram que os ranços da corrida eleitoral de 2022 ampliam o fosso entre PT e PDT e serão levadas às eleições de 2022. O pedetista estendeu os petardos ao presidente Lula a quem considera perdido.

Sarto acusou Elmano de não dialogar, afirmou que, em 100 dias, o petista não disse a que veio, lamentou que, até esse momento, não tenha sido convidado para ir ao Palácio da Abolição e sugeriu que ao vencedor cabe o gesto de generosidade para o diálogo.

"Eu não fui ainda convidado para ter o privilégio de bater um papo com o governador para saber o que se pensa sobre muitas coisas, porque Fortaleza é a capital do estado e deve ser tratada como tal", cobrou José Sarto.

Ao ser indagado sobre as declarações de Sarto, Elmano o recomendou a deixar as eleições e as futricas políticas de lado e disse que estava à disposição para ações administrativas conjuntas.

SEM FUTRICAS, NEM ELEIÇÃO ANTECIPADA


As declarações de José Sarto foram publicadas pelo Diário do Nordeste. Sarto voltou a bater no reajuste da alíquota do ICMS, na reforma administrativa que ampliou o número de secretarias e manifestou preocupação com os rumos da economia. Como resposta aos adjetivos de Sarto, Elmano o aconselhou a pensar menos nas eleições de 2024.

"Seria bom descer do palanque, pensar menos na reeleição e mais na cidade. Estou à disposição para trabalhar junto", declarou Elmano, que, nessa segunda-feira, anunciou o reajuste salarial de 14,95% para o piso salarial dos professores e, hoje, embarca com destino à China em busca de novos investimentos para o Ceará.

Segundo José Sarto, “Alterar imposto, alterar uma série de coisas, cria uma ambiência pouco saudável para quem quer vir pro Nordeste, vir pro Ceará e colocar o seu negócio aqui’’. O pedetista estendeu as críticas ao Governo Lul que, em seu entender, nesses 100 primeiros dias de gestão, está perdido.