O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)

Em parceria com TSE, TCU fará auditoria em boletins de 4161 urnas no dia da eleiçãoUrnas eletrônicas são preparadas para votação PR
O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma auditoria em 4161 urnas eletrônicas em operação no dia da votação, em aparelhos que serão selecionados aleatoriamente. A checagem dos boletins de urna por parte da corte de contas é fruto de uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta semana, as Forças Armadas também avaliavam a realização de um projeto para checagem dos boletins de urna, mas em uma quantidade menor, de 385.

A ideia do TCU é atestar que a informação exposta ao público na seção eleitoral é a mesma que é totalizada pelo TSE e que compõe o resultado final da eleição.

O boletim de urna é um relatório em papel emitido pela urna eletrônica ao final do dia de votação, e permite que entidades fiscalizadoras e qualquer outra pessoa possa conferir imediatamente após o encerramento da eleição o quantitativo de votos existentes em todas as urnas.

A checagem do TCU será feita a partir da coleta de vias impressas dos boletins de urna por parte de auditores do tribunal. Esses auditores estarão nas capitais dos estados e no Distrito Federal para que possam comparar a informação do documento físico com a disponibilizada pelo TSE na rede.

Em seguida, o TCU dará ciência ao TSE da amostra selecionada após a conclusão dos procedimentos de totalização e recebimento dos respectivos dados.

A possibilidade de conferir os boletins de urna é concedida a qualquer cidadão, sem qualquer privilégio de uma categoria ou outra. Isso já era possível em eleições anteriores e continuará sendo possível agora, mas de forma mais facilitada. Antes, os boletins eram afixados nas sessões de votação. Agora, também estarão disponíveis na internet.

Como mostrou o jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (12), uma proposta que vem sendo estudada por militares consiste em colocar integrantes das Forças em seções eleitorais espalhadas pelo país para tirar e enviar fotos do QR Code dos boletins de urna para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, que faria a contagem dos votos.

A proposta em discussão é que os militares analisem os resultados de cerca de 380 urnas, do universo de 577 mil equipamentos que serão usados em todo o Brasil.

Tanto o TCU quanto as Forças Armadas integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE), criada em 2021 com o objetivo de aumentar a transparência e a segurança de todas as etapas do processo eleitoral.

(*) Com informações Agência O Globo