O conselho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltado para o combate à disseminação de fake news vai procurar gigantes da área da tecnologia, como Facebook, Google e Twitter, para tratar do tema motivo de debate graças as eleições de outubro deste ano. Nesta segunda-feira, 15, o Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições se reuniu pela segunda vez na sede do tribunal.

Na ocasião, foi apresentado um mapeamento de como outros países estão enfrentando o problema. O objetivo do mapeamento é colher subsídios a partir da análise aprofundada de como Estados Unidos, Alemanha e França lidam com a questão para propor medidas no âmbito da Justiça Eleitoral. O secretário-geral do TSE, Luciano Felício Fuck, ressalta que a discussão é inicial no mundo inteiro e que o TSE tem mapeado projetos de lei e ferramentas, com foco não na punição, mas na prevenção.

Sobre o envolvimento de empresas da área de tecnologia, que não integram o conselho, na discussão, o secretário-geral do TSE respondeu que elas serão procuradas. Um novo encontro do conselho foi marcado para o dia 29 de janeiro, às 16h.

Manual

Durante a reunião, os conselheiros voltaram a discutir a criação de um manual para orientar juízes eleitorais na tomada de decisões sobre remoção de conteúdo, além da elaboração de cartilhas educativas para conscientizar os eleitores sobre a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.

Entre as atribuições do conselho estão o desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre as regras eleitorais e a influência da internet nas eleições e, em especial, o risco de fake news e uso de robôs na disseminação das informações e a proposição de ações e metas voltadas ao aperfeiçoamento de normas no âmbito da Corte Eleitoral, afirmou Luciano Felício.

“Nem todos os robôs usados na internet são ruins. O próprio TSE tem robô (que atua com informações dos eleitores) para saber se a pessoa está em dia ou não (com os dados)”, ressaltou o secretário-geral do TSE.

Com informações do Jornal O Povo