Dia histórico para medicina do Ceará, realizado nessa segunda-feira (27), no complexo hospitalar da Faculdade de Medicina da Universidade Federal (UFC) um procedimento inédito no tratamento mielomeningocele (MMC), enquanto o bebê está no útero materno. O assunto foi destaque no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), desta terça-feira (28), pelo médico ortopedista e professor universitário Dr. Henrique César.
Dr. Henrique destacou também, que a mielomeningocele (MMC) é uma malformação que deixa a medula espinhal do bebê exposta ao líquido amniótico dentro do útero da mãe. Essa exposição pode ocasionar lesões aos nervos responsáveis pelo controle motor e neurológico do bebê.
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SOBRE MIELOMENINGOCELE
É quando o tubo neural, responsável por dar origem à coluna, não é fechado, o líquido produzido no cérebro e que circula pela medula, pode levar à hidrocefalia, causando lesões no tecido cerebral. A malformação ocorre em 1 a cada mil nascidos-vivos. O diagnóstico pode ser realizado por ultrassonografia morfológica a partir de 16 semanas, mas a suspeita pode ser levantada no exame morfológico do primeiro trimestre (11 a 14 semanas).
Causas
Não se sabe exatamente o que faz com que o tubo neural não se feche completamente. Há chances de que haja algum fator genético, mas ele não parece ser muito forte: pais que já tiveram um filho com mielomeningocele tem pouco menos de 6% de chance de ter outro filho com a mesma má-formação.
Embora não haja evidências de qualquer causa para a mielomeningocele, sabe-se que a falta de ácido fólico na dieta da mãe aumenta as chances do bebê desenvolver malformações do tubo neural, o que revela uma influência desse nutriente no processo de formação dessa estrutura.