Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As primeiras semanas de fevereiro é dedicada à campanha de prevenção da gravidez na adolescência, em todo o Brasil, por esta ser considerada uma questão de saúde pública. Só em Fortaleza, nos últimos três anos, mais de 10 mil nascidos vivos foram gerados por meninas entre 10 e 19 anos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. No período analisado pela Pasta, entre 2020 e 2022, nasceram 93.061 crianças na Capital. Destas, 10.590 foram de mães entre 10 e 19 anos. Ou seja, uma em cada 10 crianças tiveram jovens como genitoras. Segundo a Prefeitura, ações intersetoriais – já que 96% nasceram na rede municipal de Saúde – visando a prevenir a gravidez na adolescência apresentaram resultados positivos ao longo dos anos: em 2020, foram 3.909 nascidos vivos de mães adolescentes; o número caiu para 3.575, em 2021, e para 3.106, no ano seguinte.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gestação nesta fase é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe (como anemia, hipertensão, eclâmpsia e diabetes gestacional ), para o feto (como parto prematuro) e para o recém-nascido. Além disso, agrava problemas socioeconômicos já existentes porque, com o abandono ou a interrupção dos estudos, as mães têm prejudicada sua inserção no mercado de trabalho. Comunicação e educação sexual são pilares essenciais para o enfrentamento do problema. Em Fortaleza, as secretarias da Saúde e Educação integram o Programa “Viva seu Tempo”, que aborda métodos contraceptivos, planejamento familiar para evitar a evasão escolar e apoio às gestantes durante o período letivo.