O Brasil já conta com aproximadamente 20 milhões de pessoas com diabetes. A estimativa foi calculada conforme os resultados do Censo 2022, que indicam que a população do país é formada por 203.080.756 pessoas, e representa um recorte do último Vigitel – levantamento em amostra representativa da população brasileira feito pelo Ministério da Saúde. No conjunto de 27 capitais pesquisadas, a frequência do diagnóstico autorreferido de diabetes é de 10,2%.
A Federação Internacional de Diabetes, entidade que reúne mais de 240 associações especializadas em 161 países e territórios, também estima que a prevalência do diabetes no Brasil é de 10,5%. Segundo a federação, o Brasil ocupa o 6º lugar no mundo entre os países com mais pessoas com diabetes no geral e o 3º lugar quando se fala em diabetes Tipo 1.
Segundo a IDF, uma em cada três pessoas com diabetes não sabe ter a doença, uma vez que os sintomas podem demorar a se apresentar (muita sede, urinar demais, vista turva, emagrecimento). Considerando essa informação, o número de diabetes no país pode ser ainda maior.
A Sociedade Brasileira de Diabetes é a principal entidade médica do país focada em diabetes, com mais de 3,2 mil associados, e desde a sua fundação contribui para o controle preventivo à doença e trabalha pela ampliação do acesso a medicamentos e tratamentos indicados no sistema de saúde nacional.
Dentre os tipos da doença, a maioria (90%) é do Tipo 2, que ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz (denominada resistência à ação da insulina) ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
A resistência à ação de insulina é a base para a alteração no controle da glicemia no diabetes Tipo 2 e tem como fatores de risco principais a obesidade, a dieta não saudável e a falta de atividade física. É manifestado mais frequentemente em adultos, mas, com a alta de casos de obesidade em crianças e adolescentes, também têm sido registrados casos de diabetes Tipo 2 entre pessoas mais jovens. Dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de medicamentos para controlar a glicose, podendo ser necessário o uso de insulina.
Já o diabetes Tipo 1 (de 5% a 10% do total) acontece em pessoas com predisposição genética, nas quais o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta, que são aquelas células do pâncreas que produzem insulina. Logo, pouco ou nenhum hormônio é liberado para o corpo e a glicose se acumula no sangue.
O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.