Um estudo da Organização Mundial da Saúde mostrou que em todo o mundo, um em cada três adultos sofre de hipertensão. E a questão é ainda mais alarmante: quase metade não sabe se tem a doença, ou então não recebe o tratamento adequado. As estatísticas, porém, são ainda mais preocupantes no Brasil: mais de 50 milhões de brasileiros com idade acima de 30 anos convivem com hipertensão, também chamada de pressão alta.
Pelo menos 2.218 cearenses perderam a vida devido às doenças hipertensivas por ano, entre 2013 e 2022, como registram o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e a Secretaria da Saúde do Ceará.
A hipertensão é uma doença silenciosa que, se não for adequadamente diagnosticada por médicos cardiologistas e bem tratada, pode levar à várias outras intercorrências na saúde da pessoa, principalmente a longo prazo, como acidente vascular cerebral, infarto e morte. De acordo com o estudo da OMS, no Brasil, apenas 33% por cento dos 50 milhões de hipertensos controlam a pressão arterial.
A pressão é criada pela força do sangue contra as paredes das artérias ou vasos sanguíneos. Quando essa pressão chega ou ultrapassa 14 por 9, ela pode causar danos em muitas partes do corpo, especialmente no cérebro, coração e rins. De acordo com o estudo, no Brasil, a doença atinge 45% da população adulta – 50 milhões de pessoas entre 30 e 79 anos. Destes, 62% estão tratando a doença, mas só 33% estão com a pressão controlada.