Falta menos de um mês para a festa mais popular do Brasil: o Carnaval. Esperada por milhões de pessoas em todo o país, a data, que é sinônimo de alegria e diversão para muita gente, também costuma ser marcada por excessos. Um dos mais comuns e prejudiciais é o uso abusivo de álcool e outras drogas.

A psiquiatra Sany Rodrigues, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), reforça que a ingestão de bebida alcoólica em excesso e a utilização de substâncias ilícitas podem trazer sérias consequências à saúde e, naturalmente, acabar com a folia. No caso do álcool, a especialista explica que, quando uma pessoa toma quatro ou mais doses em um período de apenas duas horas, ela está sujeita a diversas complicações.

“Como o fígado não tem a capacidade de metabolizar essa quantidade de álcool em tão pouco tempo, ocorre a intoxicação, também chamada de overdose. Isso pode ocasionar um quadro de depressão respiratória e até mesmo uma parada cardíaca”, afirma. Ainda de acordo com a psiquiatra, o álcool em excesso, além de prejudicial, muitas vezes estimula o consumo de substâncias ilícitas populares e perigosas no carnaval.

“A inalação do lança-perfume pode levar à parada cardíaca ou respiratória. Já o ecstasy causa uma diminuição rápida e grave da capacidade cognitiva, atingindo principalmente a memória e o aprendizado. O uso de maconha está relacionado a episódios de pânico e o de cocaína aumenta o risco de infarto do miocárdio”, orienta Sany Rodrigues.

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) alerta que a ingestão nociva de álcool causa mais de 200 doenças e lesões e mata, anualmente, três milhões de pessoas em todo o mundo. Para evitar possíveis complicações não só no carnaval, mas ao longo de todo o ano, o recomendado é ingerir bebida alcoólica com moderação e não consumir substâncias ilícitas.

Outra orientação importante diz respeito ao tratamento de transtornos psicológicos como ansiedade, angústia e depressão, que podem ocasionar o consumo imoderado de álcool e de outras drogas.

“Quando as pessoas fazem uso abusivo recorrente de substâncias, elas estão dando um primeiro passo rumo a uma possível dependência no futuro. Sem falar que a perda dos sentidos deixa o indivíduo vulnerável a acidentes, assaltos, relações sexuais desprotegidas, entre outras situações”, ressalta a psiquiatra.

 

 

 

(*)com informação do Governo do Estado do Ceará