A morte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Alexandre Figueiredo, abre uma vaga na Corte de Contas e desperta a atenção dos conselheiros em disponibilidade do extinto TCM (Tribunal de Contas dos Municípios).

A vaga, porém, será preenchida em uma articulação política, envolvendo o Ministro da Educação, Camilo Santana, o Governador Elmano de Freitas e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão. O TCM foi extinto, em 2027, pelo Legislativo e teve como pivô o então presidente da Corte, Domingos Filho.

A lista de conselheiros em disponibilidade é integrada por Domingos Filho, Pedro Ângelo, Manoel Veras e Hélio Parente. Hélio, porém, renunciou ao cargo e, depois, entrou na Justiça para angariar os mesmos direitos dados aos demais conselheiros.

As conversas sobre o preenchimento da vaga de conselheiro do TCE começaram a surgir no final da tarde desse domingo e, entre os personagens das especulações, foi citado o nome da suplente de senadora e ex-deputada estadual Augusta Brito. Outro nome que surgiu é do recém-empossado Secretário de Infraestrutura do Estado, Hélio Winston, irmão de Evandro Leitão.

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TRAJETÓRIA DE ALEXANDRE FIGUEIREDO

Alexandre Figueiredo, que estava com 66 anos de idade, chegou ao TCE em 1995 após exercer dois mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa. O repórter Carlos Alberto conta, no Jornal Alerta Geral, a trajetória de Alexandre Figueiredo na vida pública.

Em 1991, ao assumir o segundo mandato parlamentar, ocupou o cargo de Primeiro Secretário da Mesa Diretora comandada, à época, pelo então deputado estadual Júlio Rego. Ambos tiveram passagem pelo PSDB.

Alexandre fez parte da Mesa Diretora que, no embalo das transformações políticas iniciadas no ciclo do então Governador Tasso Jereissati, adotou, naquele momento, medidas administrativas consideradas austeras no Poder Legislativo. As medidas desagradaram a muitos parlamentares e servidores.

FIM DA CARREIRA POLÍTICA

Ao final do mandato como primeiro-secretário da Mesa Diretora, Alexandre perdeu o estímulo para continuar na vida parlamentar e, em uma articulação do presidente Júlio Rego, acabou conquistando uma vaga de conselheiro do TCE.


Alexandre, ao declinar da candidatura à reeleição, apoiou a cunhada Cândida Figueiredo à Assembleia Legislativa. Três anos após assumir o cargo de conselheiro, Alexandre foi eleito presidente do Tribunal de Contas do Estado. Pouco tempo depois, enfrentou sérios problemas de saúde, sendo submetido, inclusive, a cirurgia cardíaca.

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