O ano de 2020 já inicia com a expectativa para a escolha dos candidatos à prefeitos e vereadores que ocuparão os cargos nos municípios cearenses. Com a aproximação das eleições os partidos já iniciam uma movimentação para tentar atrair novos filiados. Uma das siglas que mais cresce é o PSD, que atualmente está sob o comando do ex-vice governador Domingos Filho, que esteve presente no Jornal Alerta Geral para uma conversa com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida nesta quinta-feira (2).
Luzenor questiona qual foi a estratégia usada pelo presidente regional do PSD para conseguir fortalecer o partido. Domingos inicia sua resposta dizendo que na vida pública “a gente escolhe os amigos, não os adversários”, então seria natural para o partido, diante das relações estabelecidas ao longo de sua história, sempre buscar uma organização partidária.
“Hoje os partidos tem, até pela sua regra, não tem mais coligação proporcional, para vereador, para deputado estadual e para deputado federal, só coligações majoritárias, para presidente, para governador, para senador e para prefeito, é claro que os partidos tendem, com a causa de desempenho a ficar com muito pouco número no estado e no país”, diz Domingos.
O presidente regional do PSD ainda salienta que a sigla tem percorrido o estado do Ceará para buscar o fortalecimento do partido, “naturalmente abraçando aqueles que querem nos acompanhas e isso chama-se trabalho”, afirma Domingos.
Falando sobre as especulações de que o PSD estaria invadindo as bases do PT e do PDT dentro do governo do estado, Luzenor indaga se hoje o PSD é um aliado ao PT e ao PDT, ao governador Camilo Santana e ao Senador Cid Gomes.
“Claro que sim, nós estamos aliados dentro do mesmo arco. Agora, 2/3 dos partidos do Ceará, e eu estou sendo moderado, estão apoiando o governo Camilo. Hoje não tem no estado do Ceará, nos 184 municípios, 20% que aja disputa fora da base”, responde o presidente do PSD.
Beto pergunta a Domingos qual o tamanho que ele espera que o partido tenha ao sair das urnas em 2020. Domingos afirma que o partido planeja sair maior do que entrou. “Nós estamos trabalhando em uma expectativa, por mais conservadora que possa ser, em ampliar em 30% esse número”, pondera Domingos sobre o número de filiados do partido que possam ser eleitos.
Luzenor salienta que as disputas pelo cargo de prefeito normalmente chamam mais atenção que a disputa pelo cargo de vereador. Nesse sentido, o jornalista questiona como PSD lida com esse novo momento onde haverão normas mais duras para os candidatos a vereador serem eleitos.
“Daí a necessidade de se estimular as candidaturas majoritárias para se disputar as eleições. Eleições a gente não só disputa para ganhar não. Eleições a gente disputa para ganhar e para firmas partidos. Mesmo quando as chances são menos favoráveis. Porque uma candidatura à prefeito ela aquece e puxa a legenda para a candidatura de vereadores. Essa é uma estratégia do partido em candidaturas com expectativa de consolidação muito maior e outras com expectativa menor”.
Diante disso, Domingos afirma que o partido buscará ter “candidatos onde puder” e firmar “alianças aonde der”, mas sem impor alianças onde a cúpula acha razoável, mas quem vai de fato disputar não compreende a aliança e afirma que “onde não der aliança, evidentemente vamos para disputa”.