Um estudo realizado por pesquisadores da Irlanda e do Japão descobriu a presença de, pelo menos, 505 produtos químicos nos vaporizadores aromatizados. As substâncias podem ser altamente tóxicos quando aquecidos. De acordo com a pesquisa, são produtos químicos perigosos, incluindo 127 que são extremamente tóxicos e 153 perigosos para a saúde, formados como resultado da vaporização.
O estudo aponta que o aroma líquido nos cigarros eletrônicos é aquecido a altas temperaturas, formando vapor que é então inalado. A fonte original dos aromas, conforme a pesquisa, vem da indústria alimentícia, onde são seguros, mas não foram projetados para serem aquecidos a altas temperaturas e inalados.
Os autores do estudo, Donal O’Shea, e Dan Wu, do Royal College of Surgeons da Irlanda, e Akihiro Kishimoto do 1 IBM Research Tokyo, Japão, escreveram: “Os aerossóis produzidos pela vaporização de cigarros eletrônicos contêm misturas não caracterizadas imensamente complexas de produtos de pirólise, cujas implicações para a saúde ainda não foram identificadas”.
Segundo especialistas, há cerca de 40.000 sabores diferentes no mercado mundial hoje. O estudo, apesar de não dar respostas definitivas sobre os riscos dos vapes aromatizados para a saúde humana, é um passo inicial útil para identificar sinais que poderiam levar a pesquisas mais aprofundadas sobre a degradação induzida pelo calor de produtos químicos usados em aromatizantes.
“Como a vaporização é um estresse novo e sem precedentes para o corpo humano, com a capacidade de gerar produtos de pirólise mais tóxicos que seus compostos originais, parece prudente limitar estritamente o número de entidades químicas nos aromas líquidos”, aponta o estudo.