O Vaticano está estudando uma medida para excomungar todos os mafiosos e corruptos, qualquer que seja seu país de origem, informou nesse domingo a imprensa italiana ao término de uma reunião internacional celebrada na Santa Sé.

Um grupo de 50 pessoas de vários países – altos prelados, magistrados, diplomatas e chefes de polícia – se reuniu no Vaticano para participar no “Debate Internacional sobre a Corrupção”.

O jornal La Repubblica afirma que se trata de “uma mudança histórica”, já que coloca no mesmo plano corruptos e mafiosos, recordando que a excomunhão é a pena mais severa da Igreja Católica contra seus membros.

O papa Francisco já excomungou em julho de 2014 a ‘Ndrangheta’, a poderosa máfia calabresa, durante uma visita a esta região no sul da Itália.

Bispos locais também excomungaram mafiosos sicilianos, mas a Igreja continuar sem ter um documento jurídico de valor universal. Mas as relações entre a Igreja e o crime organizado são ambíguas: mafiosos promovem procissões, tem influência sobre prelados, fazem malversação de obra de caridade, compram imóveis do Vaticano, etc.