A Caixa Econômica fará uma força-tarefa para atender os trabalhadores que têm direito a sacar dinheiro de suas contas inativas do FGTS. As agências abrirão com duas horas de antecedência de 15 a 17 de fevereiro e também aos sábados próximos às datas de saque. De acordo com o governo, são R$ 49 bilhões depositados em 49 milhões de contas inativas do FGTS.
Os trabalhadores que tiverem qualquer dúvida sobre o recurso podem acessar o site www.caixa.gov.br/contasinativas, ou tirar dúvidas pelo telefone 0 800 726 2017.
Para reforçar os atendimentos, a Caixa vai abrir as agências os primeiros sábados dos cronogramas mensais de pagamento (com exceção de abril, mês que a data coincide com a Semana Santa). As datas serão 18 de fevereiro, 11 de março, 13 de maio, 17 de junho e 15 de julho.
De acordo com a Caixa, o cronograma de saques foi feito com base na data de nascimento do trabalhador. Quem nasceu nos meses de janeiro e fevereiro poderá sacar os recursos a partir de 10 de março; quem nasceu em março, abril e maio, poderá sacar a partir de 10 de abril; os que fazem aniversário em junho, julho e agosto, a partir de 12 maio; os aniversariantes de setembro, outubro e novembro, a partir de 16 de junho; e os que nasceram em dezembro, poderão sacar em 14 de julho.
“É com espírito republicano, de dedicação ao atendimento ao cidadão, que a Caixa irá trabalhar a partir de amanhã em todas as suas unidades, disponibilizando um site especificamente para as contas inativas”, acrescentou Occchi.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, falou em entrevista à Rádio Estadão, nesta terça-feira, 14, que o saque nas contas inativas do FGTS deverá injetar, apenas na economia do Estado de São Paulo, algo em torno de R$ 19 bilhões. “Só no Estado de São Paulo, são 6 milhões de trabalhadores (que devem sacar seus valores), com expectativa de investimento na economia na faixa de R$ 19 bilhões.” No País, a previsão é de que 18 milhões de trabalhadores saquem suas contas inativas do FGTS, com uma injeção de recursos na economia da ordem de R$ 43 bilhões.
Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ressaltou que a medida está inserida em um processo maior, de diminuição do tamanho do Estado. “Assim, o Estado começa cada vez mais a não tutelar, cada um tendo a possibilidade e o direito de alocar os recursos da maneira como ele ou ela acha, partindo do pressuposto do interesse de cada um”, comentou.
Outras medidas. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que é intenção do governo reduzir gradualmente as multas, pagas pelas empresas tendo o fundo como referência, em caso de demissão de funcionários.
“Isso vai melhorar a eficiência da economia, vai reduzir o custo do empresário”, afirmou. Ministro citou ainda outras ações do governo, como as mudanças nos parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida. “Fizemos, na semana passada, a renovação do programa Minha Casa, Minha Vida. Significa, na prática, juros mais baratos para as famílias”, disse.
Dyogo citoutambém que famílias com dificuldades para pagar prestação de financiamento poderá sacar até o equivalente a 12 prestações do FGTS. Antes, eram três prestações. “Medidas demonstram sensibilidade com a situação do trabalhador. Os trabalhadores começarão a ter acesso a estes recursos e poderão saldar dívidas e voltar a consumir, a dinamizar a economia brasileira”, disse.
Com informações O Estado de São Paulo