As vendas de veículos novos subiram 9,23% no Brasil em 2017, encerrando um período de 4 anos seguidos de queda, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 4, pela federação do concessionários (Fenabrave). Foram emplacados 2.239.403 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus no ano passado.
A alta é em comparação com 2016, que agora pode ser considerado o “fundo do poço” da crise no setor, com 2,05 milhões de unidades vendidas – o volume mais baixo desde 2006, que teve 1,9 milhão.
Praticamente todas as categorias de veículos tiveram vendas maiores em 2017. O maior segmento é o de automóveis, que inclui carros de passeio e SUVs, com 1,85 milhão de unidades e alta de 9,9%. Os comerciais leves (furgões e picapes) avançaram 6%, com 316 mil registros novos.
Entre os veículos de carga, os caminhões apresentaram acréscimo de 3,5%, para 52 mil unidades. A maior alta percentual foi dos ônibus, com 10,6%, mas o segmento representa a menor fatia do mercado, com 15 mil modelos novos emplacados em 2017. A exceção foi o setor de motocicletas, que é contado separado e fechou o ano com 851 mil unidades novas. O resultado é uma queda de 14,7% sobre 2016.
Se motos, implementos rodoviários e “outros” forem somados ao resultado geral, o crescimento do setor automotivo no ano é bem menor, de apenas 1,33%, com 3,2 milhões de unidades.
Segundo a Fenabrave, 616 concessionárias abriram em 2017, mas 1.890 fecharam as portas, resultando em um número negativo para o setor. A Fenabrave espera que a retomada continue neste ano, com um avanço de 12,6% em automóveis, 8,1% em comerciais leves, 9,5% em caminhões e 5,4% em ônibus.
O mercado de motos deve voltar a crescer, cerca de 6,5%. No geral, a entidade estima expansão de 10,3% no setor como um todo. Para ele, o setor automotivo só voltará ao patamar dos 3 milhões de emplacamentos de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) em 2025.
Com informação do Jornal O Globo