Os vereadores de Aquiraz esperam um gesto sensível e humanitário do prefeito de Aquiaz, Bruno Gonçalves (PL), para manter o projeto aprovado pela Câmara Municipal que elevou a proposta de auxílio emergencial a R$ 500,00 para 3.000 famílias que enfrentam dificuldades para se alimentar e pagar as contas em função da pandemia da Covid-19.
Bruno enviou à Câmara de Vereadores uma mensagem propondo o benefício, por dois meses, no valor de R$ 250,00, mas os vereadores entenderam que, pela situação financeira confortável, o Município pode, sim, bancar os custos em dobro, pelo período de quatro meses, para tirar as famílias do quadro de pobreza.
Os vereadores fizeram os cálculos e, com base nas projeções de arrecadação tributária, de transferência federais e, com menos despesas para manutenção da máquina administrativa nesse período da pandemia uma vez que boa parte dos serviços está sendo feita de forma remota, a administração municipal não encontrará dificuldades para pagar o benefício.
A proposta de Bruno Gonçalves, com o auxílio de R$ 250,00 para 3.000 famílias, teria um custo mensal de R$ 1.500.000,00. Os vereadores dobraram, porém, esse valor com o argumento de que a Prefeitura tem como cobrir essas despesas uma vez que o Executivo planeja arrecadar volume expressivo de recursos com a cobrança do IPTU, especialmente, com a inadimplência de proprietários de imóveis na região litorânea do Município.
Os aliados de Bruno alegam que a decisão da Câmara é inconstitucional, enquanto a oposição considera que decisão semelhante foi adotada pelo Congresso Nacional quando elevou a proposta do auxílio emergencial de R$ 300,00 para R$ 500,00. O presidente Bolsonaro, ao invés de vetar a mudança feita pelos deputados federais e senadores, aumentou o benefício para R$ 600,00. É essa atitude que os vereadores de Aquiraz esperam do prefeito Bruno Gonçalves.