O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Rafael Cervone, alertou que o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (23/11), à prorrogação até 2027 da desoneração da folha de pagamentos, aprovada pelo Congresso Nacional, é prejudicial às empresas, à economia e aos trabalhadores, pois representa um risco para numerosos postos de trabalho e investimentos.
“A sanção da medida seria crucial para os 17 setores abrangidos, os maiores empregadores do País, e seus recursos humanos”, disse o líder classista, ao considerar que “As empresas esperavam a decisão de Lula para completar seu planejamento referente ao novo ano, inclusive quanto às contratações, que agora ficarão mais difíceis com o aumento dos custos trabalhistas”, avaliou Cervone.
Segundo o presidente do CIESP, “a atitude do presidente da República foi contrária ao posicionamento histórico do PT em favor do emprego e dos trabalhadores”.
A desoneração da folha, um propósito que uniu entidades empresariais e sindicatos laborais, substituiria a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta das empresas.
Os 17 segmentos contemplados seriam: call center, comunicação, calçados, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carrocerias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil/confecção, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
(*) Com informações da Assessoria de Imprensa do Centro das Indústrias de SP