Candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB) disse, nessa terça-feira, 2, que está segura que uma aliança entre o PDT e o PT, em um eventual segundo turno, será firmada, apesar dos duros ataques contra Fernando Haddad (PT) feitos por Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes, do mesmo partido, durante debate entre vices na manhã dessa terça.
“Tenho certeza que estaremos juntos com Kátia e Ciro no segundo turno. Nossos programas têm vários pontos em comum e o que pauta mulheres públicas, como eu e a Kátia, e homens públicos, como Haddad e Ciro, é o programa, e não nossas amizades e gostos pessoais. E não serão pequenas diferenças de programa que não vão nos separar no segundo turno, porque os dois programas são muito próximos”, disse a vice de Haddad a jornalistas, após participar de debate promovido por UOL, Folha de São Paulo e SBT.
No debate, a vice de Ciro chegou a dizer que Haddad não tem condições de governar o País, porque o petista não foi sequer reeleito pela população de São Paulo, quando foi prefeito da cidade. Numa alusão aos níveis de escolaridade, ela disse que Haddad “não conseguiu nem terminar o ensino médio e já quer ir para o ensino superior”.
Após o debate, Manuela também rejeitou a análise de que a manifestação de mulheres do último sábado, 29, contra Jair Bolsonaro (PSL) falhou em diminuir a intenção de votos no candidato, dado que o capitão da reserva, em vez de cair, subiu quatro pontos em pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Ibope, para 31%.
“Não acredito nessa interpretação, porque pesquisa retrata o momento. A manifestação ocorreu no Brasil inteiro e a pesquisa fala com 2 mil pessoas num dado momento e colhe o humor dessas pessoas. O que vimos sábado no Brasil foi algo muito significativo, não houve nada organizado com uma única pauta nos últimos 30 anos. Em 2013 tivemos pautas diversas”, disse.
O aumento de 11 pontos na rejeição de Haddad, para 38%, também detectado pelo Ibope dessa segunda-feira, foi encarado por Manuela como uma movimento natural, reflexo do crescimento do petista nas pesquisas anteriores. “Tivemos um crescimento estratosférico nas pesquisas, então é natural que aqueles que se tornam mais conhecidos também tenham um aumento da rejeição”, afirmou.
Com informações do Jornal Correio Braziliense