Movimentação de pessoas no centro da cidade no primeiro dia de flexibilização do uso de máscaras ao ar livre no Estado do Rio de Janeiro.

A Governador do Estado, Izlda Cela, voltou a recomendar, nesta sexta-feira (10), o uso de mascaras em ambientes fechados — especialmente, escolares — e em ambientes abertos — que tiverem aglomeração de pessoas — no Ceará. A decisão foi anunciada pela gestora, após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19, e passa a valer na próxima segunda-feira (13), quando entra em vigência o novo decreto.

A medida não é obrigatória, apenas é recomendada devido à alta na positividade dos casos de Covid-19 no Estado. O uso de máscaras foi flexibilizado em todos os ambientes no Estado desde 15 de abril.

“Por um princípio de prudência, para que possamos evitar qualquer tipo de situação que não desejamos, de agravamento da pandemia”, justificou a governadora Izolda Cela em transmissão ao vivo nas redes sociais.

De acordo com Izolda, o Ceará mantém a obrigatoriedade do uso de máscara em transportes públicos e unidades de assistência à saúde, como hospitais, clínicas, postos e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).


Segundo o secretário estadual da Saúde, Marcos Gadelha, as taxas de positividade da Covid-19 no Ceará estão crescendo semanalmente. A taxa do último dia 22 de maio, segundo ele, era de 3,8%. Uma semana depois, no dia 29, subiu para 4,4%. No último domingo (5), esse dado já mudou para 10,7%.

No entanto, o gestor afirma que o aumento de casos não significa piora na gravidade da pandemia. “Isso não tem se refletido em aumento de casos graves, nem de internações e nem de óbitos”, garantiu.

CASOS DE COVID-19 NO CEARPA
A decisão do Governo do Ceará foi tomada após a observação de uma leve alta de casos de Covid-19 no Brasil e em outros países.

No Estado, o crescimento acontece de forma sensível. Para se ter uma noção, em março, a proporção de exames positivos era de 5,4%. Em abril, essa taxa passou para 5,6% e, em maio, chegou a 8,4%, o que significa que, atualmente, em cada 100 pessoas testadas, oito estão com Covid-19.

Contudo, os dados podem ainda não refletir a realidade, visto que há baixa demanda por testagem.

BAIXA PROCURA POR VACINAÇÃO
Fortaleza, ao fim do último mês de maio, tinha 300 mil doses de vacinas contra a Covid-19 em estoque. Essas doses têm vencimento até julho. No entanto, a capital tem ainda mais de 800 mil pessoas com alguma dose atrasada.

A situação põe em risco a campanha de vacinação na cidade, uma vez que pode gerar perdas consideráveis de imunizantes e que muitas pessoas estão deixando de tomar suas doses de reforço, principalmente, no tempo adequado.

A secretária municipal da Saúde, Ana Estela, garantiu ao Diário do Nordeste que 100% da população adulta de Fortaleza recebeu as duas primeiras doses das vacinas contra a doença.

No entanto, segundo ela, a cobertura da dose de reforço alcançou, até então, apenas 65% do mesmo público. Já no caso da quarta dose, atualmente destinada a idosos acima de 60 anos, o percentual é somente de 4%.

O apelo pela vacinação também foi feito pela governadora Izolda Cela no anúncio desta sexta (10).