O presidente Michel Temer, declarou hoje em entrevista a rádios regionais, que o governo apreciaria votar o mais rápido possível a Reforma da Previdência. Mas que só é possível levar o assunto a plenário quando o Palácio do Planalto conseguir no mínimo de 320 votos favoráveis à matéria.

Com isso, Temer estima que a votação em primeiro turno na Câmara só deve ocorrer no fim deste mês ou início de junho. “Você só leva para o plenário se tiver 320, 330 votos garantidos para assegurar os 308 necessários. Então, qual é o objetivo? Talvez na última semana de maio, talvez na primeira semana de junho, você consiga votar o primeiro turno na Câmara dos Deputados”, disse.
Durante a entrevista, o presidente foi questionado também se a proposta de Reforma da Previdência teria passado do ponto, ao que ele respondeu que sabia que haveria objeções. “O Congresso é que vê se está de acordo ou não com a proposta, que foi feita para durar 30 anos. O relator trouxe as mudanças e eu disse: vamos negociar”, explicou, citando mais uma vez que o Congresso é parceiro do seu governo. Em sua avaliação é melhor aprovar uma reforma que vai permitir uma economia de R$ 600 bilhões do que não ter nenhuma economia.

Ele também reafirmou que, do jeito que o projeto da reforma da Previdência está atualmente, será preciso uma atualização daqui a dez anos, mas minimizou a questão dizendo que é um trâmite normal de propostas que revisam as regras da aposentadoria.

Lava Jato

O peemedebista voltou a negar a influência negativa que as citações de ministros no âmbito da Lava Jato podem ter sobre a votação da reforma da Previdência. Segundo ele, um número infindável de pessoas foram mencionadas em delações, mas a operação está “prestando um benefício ao país”.
Citando o caso da ex-presidente Dilma Rousseff, em especial a denúncia de que o cabeleireiro de Dilma era pago “por fora”, Temer disse que não se pode culpá-la imediatamente. “Eu entendo a revolta popular, mas precisamos que o judiciário examine isso. Não se pode incriminá-la.”
Informações Agência Estado