Segundo a 11ª Edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, divulgada nesta segunda-feira (30), a polícia do Ceará é a segunda que mais morre e a 13ª que mais mata em intervenções das forças de segurança no País. Conforme o estudo, em 26, 26 policiais, entre civis e militares, foram assassinados no estado; 109 pessoas morreram em consequência de intervenção policial.

O levantamento faz uma comparação entre o número de mortes de policiais pela população, o Ceará tem uma taxa de 1,4 mortes de agentes de segurança para cada 100 mil habitantes, o segundo maior índice do país. O Ceará fica atrás apenas do Rio de Janeiro, que tem uma taxa de 2,3.  Quando é o caso de populares mortos pela Polícia o índice chega a 1,2 para 100 mil habitantes,

O ano base da pesquisa é 2016. Naquele ano foram mortas 4.224 pessoas por policiais e no mesmo período foram 437 policiais assassinados no Brasil. Outro dado da pesquisa é que a ação policial é segunda maior causa de óbitos violentos no Ceará, atrás apenas de homicídios. Em 2016 foram 109 pessoas mortas por policiais. O número é 26% superior às 86 mortes causadas pelas forças de segurança em 2015, no Ceará.

O Estado teve 3.566 mortes violentas intencionais em 2016. Em comparação com os registros de 2015, os números são considerados positivos, uma vez que registram queda de 14,2%. Em 2015, o número de mortes violentas intencionais chegou a 4.130. Mesmo com a queda, os números seguem preocupantes, uma vez que representam 9,8 mortes por dia no estado. A maior parte dessas mortes foi enquadrada como homicídio doloso. Foram 3.334 casos no ano passado, com queda de 15,6% em relação aos 3.334 crimes do mesmo tipo praticados em 2015.

Os latrocínios vitimaram 88 pessoas em 2016. Em 2015, foram registrados 65 latrocínios no estado, um crescimento de 35,3%. Considerando as lesões corporais seguidas de morte, também houve aumento de 12,9% no número de ocorrências: de 31 mortes, em 2015, para 35, no ano seguinte. As mortes de policiais fora de serviço também cresceram, de 10 casos, em 2015, para 17, em 2016, crescimento de 70%.