A V Reunião das Administradoras de Zonas de Processamento de Exportação foi iniciada na quinta-feira (30) e segue até esta sexta-feira (31), em Fortaleza. O encontro foi iniciado com palestra da secretária Executiva do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE/MDIC), Thaise Dutra, na manhã de ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Na ocasião, a secretária anunciou que o Governo Federal pretende desenvolver a “ZPE do Agronegócio”, para estimular o segmento econômico que mais cresce no país. No Brasil, existem atualmente 25 zonas de processamento de exportação autorizadas pelo Conselho, mas em plena operação apenas a ZPE do Ceará, servindo de modelo para o restante do país.
Ainda no período da manhã, o diretor do Departamento de Apoio à Exportação (Daex), Herlon Alves brandão, apresentou o Panorama do Comércio Exterior Brasileiro e o 1º secretário subchefe da Divisão de Investimento do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), José Renato Ruy Ferreira, falou sobre o apoio às ZPEs: Política de Promoção Comercial e de Investimentos. Já o diretor presidente da ZPE de Parnaíba, Paulo Roberto Sousa, proferiu palestra sobre a experiência de implantação da ZPE de Parnaíba.
No período da tarde, o encontro teve continuidade com a palestra da diretora executiva da Asociación de Zonas Francas de las Américas (AZFA), Maria Camila Moreno Henao, que fez uma leitura do Panorama das ZPEs no continente americano: modelos de negócios adotados e novos desafios. Em seguida, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luís Augusto Ferreira, discorreu sobre as ações de apoio da ABDI ao setor produtivo e o gerente geral de Relações Institucionais e Comunicação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Ricardo Parente, discorreu sobre o tema CSP: experiência de implantação na ZPE do Ceará e os impactos na economia cearense.
Dando continuidade ao evento, o assessor Especial de Assuntos Internacionais do Ceará, Antonio Balhmann, expôs a Estratégia do Estado de atração de investimentos e o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior falou sobre a experiência de implantação da ZPE Ceará e os novos desafios. Encerrando o primeiro dia encontro, o diretor Comercial da ZPE Ceará, Roberto de Castro, abordou o tema ZPE de Pecém e a articulação com as políticas estaduais de Desenvolvimento Econômico e os superintendentes da Receita Federal, Moacyr Mondardo (2ª Região) e João Batista Filho (3ª Região) falaram sobre controle aduaneiro nas operações de ZPE.
Visitas de campo
O evento tem continuidade nesta sexta-feira (31), no Pecém. Os participantes do encontro visitam a área de expansão da ZPE Ceará, o Centro de Treinamento do Trabalhador Cearense (administrado pelo IFCE), onde assistem apresentações institucionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), da Ceará Portos e da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (AECIPP). Em seguida, participam de visitas guiadas ao Porto do Pecém e à área industrial da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
Expansão
O presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior, destacou três importantes fases de funcionamento da ZPE de Pecém, ou seja, a de importação de bens de capitais da Companhia Siderúrgica do Pecém; a de recebimento de matéria-prima e a de operação propriamente dita da CSP. “Superadas estas fases, tendo em vista que o setor siderúrgico na ZPE já está consolidado, estamos agora somando esforços para a ampliação da estatal, após a incorporação de 2 mil hectares à poligonal da ZPE”, explica Mário Lima.
Em maio de 2016, a ZPE Ceará teve sua área ampliada de 4.271,4 hectares para 6.182,44 hectares, após a incorporação de 1.911,04 hectares. Essa nova área foi dividida por setores, sendo o Setor II Norte destinado para a captação de um projeto de refinaria compacta e moderna e o Setor II Sul para indústrias dos setores calçadista, têxtil, petroquímico, metalmecânico, agroindústria, granito e alimentos.
Segundo Mário, a ZPE está desenvolvendo os projetos de criação da infraestrutura do Setor II, para alfandegar uma área inicial de 150 hectares, com investimentos de R$ 15 milhões. “Na nova área, iremos construir gates, armazéns e instalar câmeras para fazer o monitoramento do perímetro, dentre outros equipamentos”, conclui. As expectativas futuras são atrair investimentos da ordem de R$ 12,7 bilhões nos próximos 10 anos para a ZPE Ceará.
Com informação da A.I