O encerramento da parceria entre Brasil e Cuba no programa Mais Médicos gera impacto nas cidades do Ceará, onde cerca de 448 profissionais cubanos trabalham em 118 municípios. A vice-presidente do Conselho das Secretárias Municipais de Saúde do Ceará (COSEMSCE), Sayonara Cidade, em entrevista nesta segunda-feira ao jornalista Luzenor de Oliveira, no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), falou sobre os impactos que a saída de Cuba do Mais Médicos pode trazer.

A decisão de encerrar a parceria com o Brasil foi anunciada na última quarta-feira, 14, após declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O efetivo de profissionais cubanos representa 36% dos médicos atuando pelo programa no Estado.

Entidades que representam os municípios fazem apelo ao Ministério da Saúde para tentar adiar o término do convênio. O jornalista Luzenor de Oliveira perguntou à Sayonara se esses pedidos estão sendo ouvidos em Brasília, mas a vice-presidente reforça as dificuldades com o fim da parceria e afirma que o Estado não tem condições de repor esses profissionais.

Sayonara afirmou que os médicos cubanos que estavam de férias já não irão voltar às atividades. O jornalista Luzenor ainda perguntou quais as regiões mais afetadas com a saída desses profissionais do programa. Segundo ela, alguns municípios já estão sem reposição há mais de 8 meses por falta de edital. Municípios, como Morada Nova, onde 100% dos médicos que atuam na saúde da família são cubanos, e regiões com menos de 20 mil habitantes são as mais afetadas com o fim da parceria.

Sobre as expectativas para os próximos anos, a vice-presidente espera a adesão dos médicos brasileiros ao programa Mais Médicos (com abertura de edital) e que estes possam realizar um bom trabalho, assim como dos profissionais cubanos, para não causar desassistência nos municípios cearenses.

Acompanhe a entrevista na íntegra:

SAYONARA CIDADE –  VICE-PRESIDENTE DA COSEMSCE