Móveis e janelas danificadas no Senado Federal.

A Mesa Diretora da Câmara Federal priorizou, nesta segunda-feira (9), medidas para limpar o Plenário e garantir a realização das sessões plenárias. O Plenário Ulysses Guimarães foi limpo e preparado para receber os parlamentares que trabalham, nessa fase que antecede ao início da nova legislatura (1/2), após convocação extraordinária.


As dependências internas da Câmara foram atingidas pelos atos de vandalismo, no último domingo, com o ataque de simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro que não se conformam com o resultado das eleições de 2022 e a posse do presidente Lula.

O presidente da Câmara, Artur Lira, convocou os parlamentares para votação de mensagens enviadas pelo Executivo. Uma das iniciativas é o decreto que trata da intervenção no Distrito Federal. Além dos preparativos para realização das sessões no Plenário, a Mesa Diretora cuidou, também, de catalogar obras e documentos que estavam no alvo dos golpistas.


O levantamento final dos danos causados pelos invasores do prédio principal da Câmara dos Deputados está avançado, mas só será concluído quando a perícia policial e a limpeza forem finalizadas.


O maior dano verificado até agora no espaço físico foi a quebra das vidraças frontais e laterais, muitas delas localizadas nos salões Verde e Negro. Há também trechos de carpete no Salão Verde furados, queimados ou danificados pela água. A Casa já está providenciando a manutenção do carpete.


De acordo com a Mesa Diretora da Câmara, os estragos não foram maiores devido à ação da Polícia Legislativa, que contava com efetivo de mais de 100 policiais, além da rápida atuação dos brigadistas no controle de focos de incêndio.

OBRAS DE ARTE

A avaliação preliminar das obras de arte constantes do acervo da Casa detectou os seguintes itens danificados ou destruídos:


• Dos 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde, seis estão desaparecidos ou irrecuperáveis. Muitos foram encontrados com danos pontuais que poderão ser restaurados.
• Muro Escultórico, de Athos Bulcão, 1976 – perfurado na base
• Bailarina, de Victor Brecheret – descolada da base
• Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling, 1980 – marcada com paulada
OBRAS PRESERVADAS
• Escultura de Alfredo Ceschiatti, em bronze fundido, de 1977, conhecida como Anjo – Salão Verde
• Painel Candangos, de Emiliano Di Cavalcanti, de 1960 – Salão Verde
• Painel Araguaia, de Marianne Peretti, 1977 – Salão Verde
• Painel Alumbramento, de Marianne Peretti, 1978 – Salão Branco/Chapelaria

(*) Informações Agência Câmara de Notícias