O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes diz que seu irmão, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes está sendo vítima de um procurador “picareta”. Cid é  alvo de uma série de ações na Justiça, entre elas, supostas irregularidades em empréstimo no Banco do Nordeste (BNB).

As críticas do candidato se referem ao procurador da República Oscar Costa Filho. Segundo Ciro, Cid “é vítima de uma picaretagem dessa fração picareta do Ministério Público, que o senhor Oscar Costa Filho representa”.

A declaração diz respeito a ação que questiona um financiamento em R$ 1,3 milhão requisitado Cid Gomes na agência do BNB em Sobral e aprovado em agosto de 2014. Segundo o MPF, o pedido foi concedido com base em uma previsão de faturamento impraticável, com o objetivo de aumentar a margem de crédito na instituição, além de violar normas do banco.

Segundo a denúncia, servidores do BNB teriam “superestimado” receitas apresentadas pela Corte Oito Gestão e Empreendimentos Ltda, empresa que tem o ex-governador como sócio, na hora de calcular o Limite de Risco Global (LRG) do financiamento – o que teria ampliado irregularmente o crédito disponível.

O empréstimo foi concedido com juros abaixo do mercado, dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para pequenas empresas. Com o recurso, foram financiadas obras de construção de galpões, posteriormente alugados para uma empresa da indústria de bebidas alcoólicas em Sobral.

O outro lado

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) não rebateu acusações de Ciro contra Oscar Costa Filho. Porém o órgão destaca que as irregularidades também foram apontadas por relatório da Controladoria Geral da União (CGU), documento que está entre as provas que basearam ação do Ministério.

O MPF ainda aponta que Oscar Costa Filho assina ação de improbidade administrativa – na área cível – movida pelo órgão, mas que quem assina a denúncia por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional – área criminal – contra Cid é a procurado Lívia Sousa.