Na manhã seguinte ao princípio de rebelião no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no Bairro de Fátima, 70 dos 140 encarcerados que estavam no local foram transferidos para unidades prisionais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O tumulto aconteceu na noite dessa terça-feira (1º) e foi contornado por equipes de policiais civis e militares, que conseguiram evitar a fuga de detentos.

A razão para o motim foi a presença de um dos presos infectados com tuberculose, que aguardava trasferência para tratamento. Segundo a SSPDS, ele havia dado entrada no Code na tarde do dia 1º e, à noite, profissionais do Serviço de Atendimento Móvel e de Urgência (Samu), constataram a doença. Ele foi encaminhado para o Hospital Geral e Sanatório Penal Professor Otávio Lobo.

A insatisfação de presos vindos do interior do Ceará foi o principal motivador para o tumulto. Eles permanecem na unidade por conta da falta de vagas nos sistemas prisionais de suas cidades de origem e pela presença do preso infectado por tuberculose. Conforme nota da SSPDS, a Polícia Civil também está viabilizando a transferência dos detentos do interior.

Logo após o restabelecimento da ordem nas celas, os danos causados pelos internos do Code começaram a ser reparados. O início da contenção dos internos foi realizada por sete policiais civis que estavam no local, que contaram, em seguida, com o apoio do Batalhão de Choque (BPChoque) da Polícia Militar (PMCE). Houve o uso de munições menos letais, mas não foram registrados feridos.

Equipes de Pronto Apoio da Polícia Civil também reforçaram a segurança da unidade. O episódio foi acompanhado pelo delegado geral e por titulares das especializadas que se concentram no Code.

Desde janeiro de 2017, cinco delegacias especializadas passaram a funcionar no interior do Complexo de Delegacias Especializadas (Code), buscando atender melhor as demandas da população. Os presos transferidos para lá atualmente são originários de Fortaleza, Região Metropolitana e do interior, sem distinção de casos.

Com informações G1 – CE