O Senado Federal aprovou, na noite desta quarta-feira (07), a PEC da Transição que eleva o teto de gastos em R$ 145 bilhões para permitir R$ 600 do Bolsa Família a partir de janeiro. O texto tem validade 2 anos, para aumento do Orçamento em 2023 e em 2024. A PEC foi aprovada em 1º turno com 64 votos a favor e 16 contra. A proposta aumenta o valor mensal pago aos beneficiários do atual Auxílio Brasil. No Ceará, mais de 1 milhão e meio de famílias fazem parte do programa. Além disso, a PEC propõe um adicional de R$ 150 por criança abaixo de seis anos e abriu brecha para destravar o pagamento de emendas do orçamento secreto ainda para este ano.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, a votação ocorre em dois turnos, e são necessários ao menos 49 votos dos 81 senadores. Concluída esta etapa, a proposta de emenda à Constituição vai à Câmara dos Deputados, onde também tem que ser votada em dois turnos no plenário.
Votaram a favor
Senador | Partido |
Acir Gurgacz | PDT-RO |
Alessandro Vieira | PSDB-SE |
Alexandre Silveira | PSD-MS |
Alvaro Dias | Podemos-PR |
Angelo Coronel | PSD-BA |
Carlos Fávaro | PSD-MT |
Confúcio Moura | MDB-RO |
Chico Rodrigues | União-RR |
Daniella Ribeiro | PSD-PB |
Dário Berger | PSB-SC |
Davi Alcolumbre | União-AP |
Eduardo Braga | MDB-AM |
Eduardo Gomes | PL-TO |
Eliziane Gama | Cidadania-MA |
Elmano Férrer | PP-PI |
Fabiano Contarato | PT-ES |
Fernando Coelho | MDB-PE |
Fernando Collor | PTB-AL |
Fernando Dueire | MDB-PE |
Flávio Arns | Podemos-PR |
GIordano | MDB-SP |
Humberto Costa | PT-PE |
Irajá | PSD-TO |
Izalci Lucas | PSDB-DF |
Jader Barbalho | MDB-PA |
Jaques Wagner | PT-BA |
Jayme Campos | União-MT |
Jean Paul Prates | PT-RN |
Jorge Kajuru | Podemos-GO |
José Serra | PSDB-SP |
Julio Ventura | PDT-CE |
Kátia Abreu | PP-TO |
Leila Barros | PDT-DF |
Lucas Barreto | PSD-AP |
Luiz do Carmo | PSC-GO |
Mailza Gomes | PP-AC |
Mara Gabrilli | PSDB-SP |
Marcelo Castro | MDB-PI |
Márcio Bittar | União-AC |
Mecias de Jesus | Republicanos-RR |
Nelsinho Trad | PSD-MS |
Nilda Gondim | MDB-PB |
Omar Aziz | PSD-AM |
Otto Alencar | PSD-BA |
Paulo Paim | PT-RS |
Paulo Rocha | PT-PA |
Randolfe Rodrigues | Rede-AP |
Renan Calheiros | MDB-AL |
Roberto Rocha | PTB-MA |
Rogério Carvalho | PT-SE |
Rogério Cunha | União-AL |
Rose de Freitas | MDB-ES |
Sérgio Petecão | PSD-AC |
Simone Tebet | MDB-MS |
Soraya Thronicke | União-MS |
Styvenson Valentim | Podemos-RN |
Tasso Jereissati | PSDB-CE |
Telmário Mota | PROS-RR |
Vanderlan Cardoso | PSD-GO |
Veneziano Vital do Rêgo | MDB-PB |
Wellington Fagundes | PL-MT |
Weverton | PDT-MA |
Zenaide Maia | PROS-RN |
Zequinha Marinho | PL-PA |
Votaram contra
Senador | Partido |
Plínio Valério | PSDB-AM |
Eduardo Girão | Podemos-CE |
Reguffe | Sem partido-DF |
Marcos do Val | Podemos-ES |
Carlos Viana | PL-MG |
Oriovisto Guimarães | Podemos-PR |
Eliane Nogueira | PP-PI |
Carlos Portinho | PL-RJ |
Flávio Bolsonaro | PL-RJ |
Romário | PL-RJ |
Lasier Martins | Podemos-RS |
Luis Carlos Heinze | PP-RS |
Marcos Rogério | PL-RO |
Esperidião Amin | PP-SC |
Ivete da Silveira | MDB-SC |
Maria do Carmo Alves | PP-SE |
PEC da Transição
A PEC traz uma espécie de expansão do teto de gastos, criado em 2016 no governo Michel Temer para limitar as despesas do governo, reduzir o gasto público e evitar que esse gasto fosse maior que a arrecadação no ano. A proposta, de interesse do governo do presidente eleito Lula, é expandir esse teto em R$ 145 milhões para, com esse dinheiro viabilizar o pagamento do Bolsa Família, programa de distribuição de renda que voltará a ter esse nome em 2023, permitindo com que Lula cumpra a promessa que fez durante a campanha eleitoral.
A previsão é pagar o valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até seis anos a partir de janeiro de 2023. Além disso, a PEC prevê, além de um valor “extra-teto” para pagamento do auxílio, cifras extras para despesas com programas socioambientais e de combate às mudanças climáticas.
Alguns partidos, como o Podemos, pode tentar em plenário reduzir o valor acima do teto a ser permitido pela PEC. Outro ponto que deve ser alvo de debates no plenário é o prazo de duração da expansão dos gastos. O futuro governo quer dois anos, e assim está no relatório do senador Alexandre Silveira (PSD-MG) aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, mas outros senadores, ligados ao atual governo, pedem o prazo de um ano.
Uma vez no plenário, o texto precisa ser aprovado por pelo menos 49 senadores em dois turnos de votação. Vencida a etapa do Senado, a PEC seguirá para análise dos deputados. Na Câmara, também precisa ser aprovado em dois turnos por pelo menos 308 parlamentares para que possa ser promulgada antes do Natal.
(*) Com informações da Agência Brasil